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Um Futuro a Defender – Episódio Final

futurobookCapítulos anteriores:

Um Futuro a Defender – Episódio 1

Um Futuro a Defender – Episódio 2

Um Futuro a Defender – Episódio 3

Um Futuro a Defender – Episódio 4

Um Futuro a Defender – Episódio 5

Um Futuro a Defender – Episódio 6

Um Futuro a Defender – Episódio 7

Um Futuro a Defender – Episódio 8

Então…

Em outro ponto da nave alguém sorrateiramente vasculhava, febrilmente, os dados armazenados em um computador.

– Tem que estar aqui em algum lugar!

Os dados passavam pela tela com incrí­vel velocidade, mas os olhos treinados daquele rapaz; que até poucos dias era apenas um menino ensaiando os primeiros passos de homem e agora estava envolvido em uma trama muito maior do que seria capaz de imaginar sem ter consciência disso, observavam tudo com muita atenção.

Crauck’s, mesmo muito ocupado, havia-lhe ensinado muito. Não podia desistir. Teria que encontrar. Foi nesse momento que deparou-se com um arquivo estranhamente codificado e nomeado “BLUES”.

– É isso! Tem que ser – disse excitado o jovem Nestor.

Claro! Era muito astuto. BLUES um estilo de musica muito popular no inicio da era espacial, no tempo em que as transmissões de radio eram usadas para comunicação. Era algo um tanto estranho mas Crauck’s mostrava muito interesse por esse tipo de música e sabia que naquela nave apenas seu jovem pupilo seria capaz de identificar o nome. Nesse instante

La’Guer mais que nunca sentiu que o comandante contava com ele para uma emergência.

* * *

O garoto estava a umas três horas tentando encontrar a palavra chave que lhe daria acesso ao conteúdo daquele arquivo. Tentava seguir a mesma linha de raciocí­nio que Crauck’s teria seguido. A senha teria que ser, pensava ele, obviamente alguma coisa que não lhe fosse impossí­vel descobrir; já que partia do principio de que Crauck’s esperava que ele acessasse os dados em caso de algum imprevisto. Nesse momento sentiu-se sufocar pela tristeza. Não conseguia pensar em nada e a lembrança do amigo era forte. Não podia fracassar novamente, por Crauck’s!

Era incrí­vel como os laços entre eles haviam se fortalecido em um intervalo de tempo tão curto. Lembrava as inúmeras conversas que tiveram e tudo que havia apreendido. Será que fora tudo inútil?! Saiu da cadeira em que estava diante do computador e foi até o bar.

Serviu-se de uma bebida. A que parecia-lhe mais forte dentre as várias que havia a seu alcance. Despejou uma dose bastante generosa num daqueles antigos cálices de cristal. Sem tomar nem um gole, caminhou até o reprodutor de som e inseriu nele um daqueles ultrapassados discos prateados que Crauck’s chamava de CD’s. Era uma coletânea, original do século XX, dos maiores sucessos de B. B.
King, um dos mestres como dizia Crauck’s. Voltou ao bar e esvaziou o copo de um só golpe.
Não havia notado como o quarto era pequeno e organizado metodicamente. Havia nele um pequeno sofá, uma escrivaninha, a cama, que estava desarrumada, um pequeno armário e uma estante que acumulava as funções de bar e biblioteca onde o velho maní­aco pelo século XX expunha suas poucas antiguidades.

Estava ouvindo, um tanto embriagado, aquela estranha música e tentando encontrar uma palavra. Estava deitado no chão com os pés para cima apoiados em um pequeno sofá. Cantarolava as canções e pensava. Já havia tentado tudo. Os nomes, alguns estrofes principais e nada. Onde diabos estará?

– Realmente amigo. Agora que começo a acostumar-me concordo com você – gritava Nestor como se falasse com Crauck’s. – Este é o som dos sons! – como o sopro de um vento quente aquela idéia encheu-lhe a cabeça.

– í‰ claro! Nada mais óbvio! – a embriagues repentinamente passara e agora ele estava diante do computador e lentamente digitou letra por letra: – S. O. M.

– Sim! Sim! Sim! – gritava.

* * *

Na ponte Filmor finalmente tinha no visual a nave imperial. O momento estava muito próximo.

A tripulação estava a seu comando, pronta para obedecer a qualquer ordem, e sem Astorm, tudo seria fácil demais.

– Disparar os mísseis de prótons! – ordenou Filmor.

No momento em que preparava-se para traiçoeiramente entregar a nave aos inimigos sentiu o gelo do cano de descarga de um desintegrador em sua nuca.

– Ninguém faz nada! – gritou La’Guer.

– O que pensa que está fazendo garoto?!

– Estou fazendo o que qualquer um aqui faria se soubesse o que eu sei!
Aquelas palavras despertaram a curiosidade de todos na ponte e no resto da nave, pois o garoto havia ativado o intercomunicador antes de dar inicio a ação.

Não estava agindo só. Havia recrutado na noite anterior alguns homens em que sabia que podia confiar, ou pelo menos homens em que sabia que precisava confiar. Estes homens estavam agora apontando desintegradores para os guardas e alguns outros que pareciam ser mais fiéis a Filmor.

– Está vendo isto comandante – disse Nestor com desdém.

– E o que é isso?

– í‰ um comunicador de radio, como o seu! Agora diga aos Pleyadeanos que ouve um imprevisto, que devem parar a nave e… Sem truques! – o rapaz estava nervoso, mas demonstrava confiança.

– Você é louco! Ira parar na corte marcial por causa disto. Você e todos os seus comparsas – ameaçou Filmor tentando intimidados, mas eram todos homens “velhos do espaço”, com exceção de La’Guer que no momento mostrava uma força da qual ninguém o imaginaria capaz. Ninguém alem de Crauck’s.

– Faça o que digo ou morre senhor – disse La’Guer de forma tão ameaçadora pressionando o cano da arma na cabeça de Filmor, que ponderou ser melhor obedecer.

– Filmor! Há imprevistos. Aguardar… – já não tinha mais o transmissor.

A nave das Pleyades parou estática no espaça e fora a condenação de Filmor, pois agora todos acreditavam em La’Guer.

– A nave parou! – disse o garoto que cuidava dos instrumento de radar e varredura. – Pararam, mas estão com os escudos baixos e os canhões apontados para nós. Devem estar no automático apenas esperando que baixemos nossos escudos para…

La’Guer e os outros já haviam baixado as armas e agora estavam todos esperando que alguém assumisse o comando.

– Senhor Filmor – começou dizendo Nestor. – Creio que deveria nos informar de toda a história. Nomes, datas, hm… preços! – ironicamente. – Por quantos dinheiros nos trocou? – indagou, relembrando uma frase que seu amigo Crauck’s mencionara certa vez de um antigo livro sagrado da Terra.

– Não se sairá bem desta garoto! Sabe com quem esta se metendo?

– Não! Não sei, mas você vai nos contar. Não vai? – O jovem rapaz em nada mais parecia-se com o garoto do inicio da viagem. Tinha agora o olhar perspicaz dos homens experientes e o sorriso irônico e frio de um soldado pronto para tudo.

Filmor acreditando que agora com a situação já tendo passado o ponto critico sua vida não mais corria perigo decidiu permanecer calado.

Uma forte explosão sacudiu a nave e o sangue imediatamente abandonou a face de Filmor. “Estão atirando! Traidores!”, pensou. “Eu ainda estou aqui!”.

Todos assumiram suas posições e La’Guer estava agora sentado no lugar onde antes estiveram primeiro Crauck’s e mais tarde o traidor Filmor.

O trabalho não era fácil. Principalmente sob fogo serrado. A nave não parava de ser sacudida, mas La’Guer como seria com um experiente comandante mantinha-se calmo.

– Acho melhor dizer o que sabe, Filmor – disse ele com os olhos fixos na tela vendo se aproximar rapidamente mais um projétil.
Filmor estava confuso. O que fazer numa situação dessas?

– Esta bem eu falarei, mas terá que me prometer que me deixara em algum desses planetas da periferia e me registrara como baixa em… – parou com mais um estrondo.

– Senhor! – gritou um dos homens que olhava aflito para seus instrumentos enquanto falava.

Era um homem magro e alto, usava barba e tinha uma pequena cicatriz no rosto que fazia-o parecer um homem duro, mas estava
muito assustado. – Não suportaremos muito mais e não podemos baixar os escudos refletores para revidar, pois seriamos destruí­dos instantaneamente.

Filmor, com o supercílio direito sangrando devido a um golpe no momento de uma das explosões, não poderia precisar qual delas, não suportou mais a pressão.

– Renda-se garoto! Você esta enfrentando o Arquiduque Kaitzir! Não tem chance! – estava aos berros e olhava fixamente para La’Guer, esperando alguma atitude, mas não houve nenhuma reação imediata da parte deste.
Mais um projétil, e mais um, e mais um, e mais um, e… Até que as defesas da nave estavam aos frangalhos. La’Guer esperou até o ultimo instante.

– Toda força aos defletores dianteiros – ordenou. Estava de pé e definitivamente abandonara aquela atitude passiva que demonstrara desde o inicio dos ataques.

– Propulsão máxima à frente! Vamos pegá-los de surpresa! – sabia não ter escolha.
A nave do império das Pleyades parou repentinamente de atirar e surgiu na tela, diante de La’Guer, a figura de um homem grande, deveria ter cerca de dois metros, pouco mais ou menos, o que é bastante mesmo para um homem das Pleyades; cabelos louros, cacheados e longos que os usava soltos caí­dos por sobre os ombros e frios olhos azuis por debaixo de uma sobrancelha grossa em um rosto anguloso de queixo afilado.

– Que diabos acreditam estar fazendo? – perguntou, na lí­ngua oficial da confederação, com o pesado sotaque caracterí­stico daqueles que nunca viveram no interior da mesma.

– Nós? – começou La’Guer pondo-se de pé.

– Por favor – falou o arquiduque como que lamentando-se. – O comandante dessa nave. Sim rapaz? – complacente.

– Eu sou esse comandante. E devo informá-lo de que vamos abalroar sua nave. – colocando as costas extremamente retas erguendo levemente o queixo.

– Ora que idéia mais estúpida – retrucou o Arquiduque descrente com um sorriso irônico nos lábios. – Todos vocês morreriam também. Eu não seria tolo a ponto de esperar uma atitude como essa nem mesmo de vocês confederados.

Esta resposta deixou Filmor empertigado, mas este nada fez.

– Claro! Você é do império. – La’Guer sabia que o governo imperial não deixava as informações históricas penetrarem em seus domí­nios. Fazia parte de uma tática para gerar o espí­rito patriótico em sue povo e criar a idéia de eternidade de sua organização, sem inicio e virtualmente sem fim. – Mas talvez tenha ouvido falar que houve épocas em que guerreiros davam suas vidas em missões suicidas… Isso não ocorreu poucas vezes na história! Mas o caso mais famoso é o dos kamikasis que, pilotando pequenas naves aéreas, atiravam-se sobre grandes destróieres inimigos colocando-os fora de combate. Isso ocorreu a milhares de anos passados. Quando todos os nossos ancestrais viviam sob um mesmo céu.

– Ora garoto, pare com essas tolices e entregue a nave! Não tem chance! – Kaitzir falava ironicamente, como quem tenta convencer uma criança alguma coisa que ela não quer.

Enquanto falavam as naves encontravam-se mais e mais próximas uma da outra e La’Guer estava frio como gelo. Não esboçava nem uma fraca ansiedade ou medo.

A tela apagou-se e La’Guer pode desviar os olhos que desde o começo da transmissão mantivera ferozmente fixos nos de Kaitzir.

– Como estamos? – perguntou, voltando a sentar-se.

– Impacto em cento e vinte segundos… – a voz do rapaz que dera a resposta perdeu-se no silencio que agora enchia a ponte.

– Pare com isso seu estúpido! Será que não vê que dessa forma morreremos todos? – gritava Filmor histericamente. – Será que nenhum de vocês vê? – desolado percebeu que todos que estavam na ponte eram, com exceção daquele pessoal das máquinas que La’Guer havia recrutado para ser seu reforço armado no momento do motim, garotos. Não havia percebido isso antes. E ele ia entregá-los a morte! Esse pensamento repentinamente encheu-o de uma mistura de remorso, arrependimento, vergonha e um punhado de outros sentimentos não muito definidos. Parou! Parou de tentar qualquer coisa. Sentiu como era pequeno e mesquinho seu objetivo. E quão grande era a glória de morrer por um digno ideal. Aqueles garotos mesmo sem experiência tinham a força de ter um ideal. Uma bandeira a qual amar. Um futuro a defender.

* * *

O mistério sobre o desaparecimento de duas naves no âmago galáctico persistiu por vinte e dois longos anos. Nesse tempo os laços entre a confederação e o império fortaleceram-se. Mas na época o incidente quase atirou-os em uma segunda guerra que poderia ter liquidado a sensí­vel civilização galáctica, colocando os planetas sob seu próprio jugo. Gerando novas guerras até que chegassem a um estado de barbárie tal que a viagem espacial se perdesse e os mundos isolados definhassem e morressem.
O caso teve um fim quando uma missão conjunta localizou um pequeno módulo a deriva no espaço. Este módulo trazia informações que esclareceram, pelo menos em parte, o ocorrido naquele caracterí­stico ponto do espaço-tempo, mas nenhum nome. Nada foi encontrado na superfí­cie do planeta galado e nenhuma informação extra pode ser colhida. Desta maneira os heróis e anti-heróis ficaram no anonimato.

O império e a confederação iniciaram seu caminho lado a lado para uma organização una e democrática que asseguraria a paz na galáxia.

* * *

Fim?…

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MigX

Engenheiro, funcionário público, metido a escritor e ilustrador... Publicou na Quark, Scarium e e-nigma. Membro fundador da Oficina de Escritores, vem tentando sua própria jornada do herói na vida, e a viagem do escritor, nos blogs e na OE.

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