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Um Futuro a Defender – Episódio 2.

futurobookCapítulo anterior:

Um Futuro a Defender – Episódio 1

Então…

O salto ocorreu sem maiores dificuldades, ao final da primeira contagem.
– Bem… aqui estamos – comentou o comandante. – Iniciar varredura!
O processo durou apenas alguns segundos. Então um homem gordo com aparência desleixada, dentro dos limites em que isso é possí­vel sendo-se um militar, disse: – Senhor, a varredura indicou 209652 estrelas em nosso cubo de mapeamento. Isso representa uma densidade estelar 97,569 mil vezes maior que a existente no setor do Sol ou, em média, uma estrela para cada 95,396 microparsecs cúbicos.
– Pois bem, vamos começar!
A viagem, a bordo do Omicron 4, já se estendia por cinco meses. As comunicações eram precárias e os ânimos começavam a ser afetados.
– Pare com as piadinhas cara! Você está passando dos limites da sorte, não acha?!
Um inocente jogo de cartas, que costumeiramente era usado pêlos tripulantes para passar o tempo nas horas de folga,
começou a complicar-se.
– Você está insinuando o quê?! – Inquiriu o chefe da manutenção, Korsakoff. – Seja claro! – Com o punho serrado levantado diante do rosto do outro.
– Quer que eu seja claro, não é? Pois bem. Vou te dizer algumas verdades. Em primeiro lugar… – foi interrompido por um empurrão dado por Lauu D’cler que quando já estava por atirar seu corpo franzino sobre a gorda estrutura de Korsakoff parou repentinamente ao ver o comandante que se aproximava.
Meio desajeitado Lauu tentava colocar seu uniforme em ordem enquanto o gorducho homem da manutenção iniciava suas explicações.
– Senhor – começou fazendo continência – sabe como é. A gente bebe um pouco… o carteado esquenta e…
– Está bem! Está bem! – Interrompeu Crauck’s.
Os dois brigões ficaram calados enquanto o comandante fazia um circulo andando em torno dos dois e os observava de forma reprovadora.
– Mas senhor…
– Cale-se! Não quero explicações.
Filmor, que estava chegando agora, percebendo o peso do ambiente, tentou intervir. – Comandante!
– Cale-se! Estou tentando resolver um problema aqui.
O imediato obedeceu.
Crauck’s percebendo o que estava ocorrendo disse: -Dispensados! Mas que isto não torne a ocorrer ou será suspensão na certa. Entendido?
Os homens fizeram continência e retiraram-se rapidamente.
O velho comandante, um experiente homem do espaço, olhou pensativamente para Filmor. Sabia que a situação estava tornando-se difí­cil. “Cinco meses. Apenas quatro mil estrelas devidamente catalogadas e analisadas”. Suspirou. O trabalho mal havia começado.
Nesse momento, repentinamente como num relâmpago, surgiram em sua mente as memórias da época em que perdera o comando de sua nave e ficara executando trabalhos burocráticos em uma daquelas bases da periferia da federação devido a uma acusação de negligência que partira de Filmor. O mesmo Filmor que agora encontrava-se ali, diante dele, seu subordinado direto. “Maldito! Se não fosse tão jovem provavelmente estaria em meu lugar. Eles o colocaram aqui para me derrubar. Desta vez será diferente! Eu não…”
– Senhor?! – Falou o imediato, tirando o comandante de seu passeio pelo passado.
– O que houve? Fale!
– Senhor, o problema é que a tripulação esta aflita com a falta de comunicações e a demora nos trabalhos. Eles acham que deverí­amos fazer uma análise mais superficial e rápida.
– Sim? – Um tanto irônico. – E você, o que acha?
– Eu? – Engoliu em seco. Hesitou um pouco e prosseguiu. – Eu concordo com a maioria. Afinal não deixarí­amos de cumprir nossa principal tarefa. Mapearí­amos tudo que tí­nhamos por objetivo mapear. Só não levarí­amos para casa informações tão minuciosas a respeito da todas essas estrelas, mas isso pode perfeitamente ser deixado para expedições futuras.
– Sei! – Observou Crauck’s, fitando-o de soslaio.
O comandante era um Lobo do espaço. Já meio fora de forma e mesmo ele não ignorava seus quilos a mais e seus escassos cabelos brancos. Não tinha ilusões quanto a sua aparência, mas tinha esperanças, mesmo sem ter os atrativos fí­sicos que tanto agradam as mulheres, de encontrar uma parceira quando regressasse para casa. Esta era sua última missão e sua chance de encerrar a carreira com honra, enterrando de uma vez por todas aquele passado de inglórias Ele vivia em Marte, sob uma das primeiras biosferas instaladas com sucesso pelo homem e tinha uma linda casa com um jardim do qual cuidava com esmero quando conseguia arranjar tempo. Sentia saudades da sensação de tirar os sapatos e pisar a grama molhada, mas a cada minuto que passava acreditava menos na hipótese de que isso voltasse a acontecer. Sua experiência e intuição diziam-lhe que as coisas iam piorar hora após hora, dia após dia, e que deveria tomar muito cuidado.
Após uns instantes perdido em seus próprios pensamentos Crauck’s disse: – Nada posso fazer! Tenho minhas ordens, e pode apostar… as cumprirei, ao pé da letra!
O imediato fez continência e quando deu meia volta para retirar-se ouviu a grave voz de Crauck’s.
– Diga-lhes que pensarei no assunto.
Não foi o que fez.
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MigX

Engenheiro, funcionário público, metido a escritor e ilustrador... Publicou na Quark, Scarium e e-nigma. Membro fundador da Oficina de Escritores, vem tentando sua própria jornada do herói na vida, e a viagem do escritor, nos blogs e na OE.

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