O amor em seu formato mínimo

São uma e vinte e cindo, ou será zero e vinte e cindo, do dia 15 de fevereiro de 2009? Não sei bem. O horário de verão acabou e devem ser zero, mas faz 13 horas desde o meio dia…

Deixa pra lá. Estou um tantinho,  só um pouquinho, de pileque e fiquei com vontade de falar desta esplêndida manifestação da poesia que é a canção “Formato Mínimo” do Skank. Na verdade não há o que dizer. Transcrevo abaixo a letra. Quem ainda não ouviu. Procure no youtube. Vale a pena. É uma demonstração maravilhosa da genialidade humana.

Fui………………..

Começou de súbito
A festa estava mesmo ótima
Ela procurava um príncipe
Ele procurava a próxima
Ele reparou nos óculos
Ela reparou nas vírgulas
Ele ofereceu-lhe um ácido
E ela achou aquilo o máximo

Os lábios se tocaram ásperos
Em beijos de tirar o fôlego
Tímidos, transaram trôpegos
E ávidos, gozaram rápido

Ele procurava álibis
Ela flutuava lépida
Ele sucumbia ao pânico
E ela descansava lívida

O medo redigiu-se ínfimo
E ele percebeu a dádiva
Declarou-se dela, o súdito
Desenhou-se a história trágica

Ele, enfim, dormiu apático
Na noite segredosa e cálida
Ela despertou-se tímida
Feita do desejo, a vítima

Fugiu dali tão rápido
Caminhando passos tétricos
Amor em sua mente épico
Transformado em jogo cínico

Para ele, uma transa típica
O amor em seu formato mínimo
O corpo se expressando clínico
Da triste solidão, a rúbrica

MigX

Engenheiro, funcionário público, metido a escritor e ilustrador... Publicou na Quark, Scarium e e-nigma. Membro fundador da Oficina de Escritores, vem tentando sua própria jornada do herói na vida, e a viagem do escritor, nos blogs e na OE.

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