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Um Futuro a Defender – Episódio 8.

futurobookCapítulos anteriores:

Um Futuro a Defender – Episódio 1

Um Futuro a Defender – Episódio 2

Um Futuro a Defender – Episódio 3

Um Futuro a Defender – Episódio 4

Um Futuro a Defender – Episódio 5

Um Futuro a Defender – Episódio 6

Um Futuro a Defender – Episódio 7

Então…

Crauck’s estava sentado na cadeira de comando. Tranqüilo como já não havia estado a muito tempo.

Sabia que estava perto, bem perto, de desvendar aquela trama. Era apenas uma questão de dias, talvez horas. Tinha a situação praticamente nas mãos e aquilo fazia-lhe muito bem.

Infelizmente sua espera estendeu-se por vários dias e a situação parecia que não mais esperaria por ele. Estava em seu quarto verificando pela milésima vez o relatório feito pelo computador quando o sinal de chamado da ponte chegou.

– Senhor localizamos um destróier das Pleyades a três dias daqui!

– Algumas comunicação?

– Não senhor. Mandamos os sinais padrão do protocolo espacial e não obtivemos resposta.
Crauck’s chegou rapidamente a ponte e ficou indignado com todas as violações ao tratado cometidas pelo destróier que se aproximava. Sem transmissões, fechados aos feixes de pesquisa, escudos levantados, rota de colisão com uma nave em órbita. Era ultrajante, e o momento não poderia ser pior. A situação a bordo, que havia melhorado muito quando aproximaram-se do planeta e surgiu a perspectiva de desembarque, tornou-se quase insustentável quando estes souberam que ninguém desembarcaria. A paz a bordo estava sendo sustentada pela disciplina rí­gida imposta pelo comandante e pelo respeito a ele dedicado por todos, mas isso não duraria muito mais tempo.

* * *

Mais um dia se passara e a situação não mudara em nada. A não ser pelo fato de Crauck’s ter visto sua imagem junto a tripulação abalada devido ao fato de não ter tomado nenhuma atitude contra o destróier inimigo que se aproximava beligerante. O motim bateria a sua porta em poucos instantes.

“O Velho Lobo” teve um surpresa ao regressar a seus aposentos. Quando começava a derramar em seu cálice uma bebida transparente e borbulhante o alerta do computador chamou sua atenção. Ligando o visor do equipamento, lá estava a mesma transmissão! Imediatamente Crauck’s notou haverem três fontes; Uma na superfí­cie do planeta gelado, outra de origem não identificável no curto espaço de tempo que teria e a terceira…

– Dentro da nave! Bem… isso já era esperado. Mas onde?!

Astorm parecia ter recuperado a juventude perdida a anos. Enquanto vasculhava delirantemente os dados em forma de gráficos quase ininteligí­veis a procura do traidor seus olhos brilhavam com a fúria de uma fera selvagem das eras pré-espaciais.

– Aí­ está! – disse estas palavras já saindo do quarto correndo pelo corredor vazio.

Lá estava ele diante da porta dos aposentos do traidor. Ofegante com a chave mestra em mãos pronto a pegar o maldito cometendo o ato mais repugnante para um verdadeiro soldado, traição!

A porta abriu silenciosamente e Crauck’s não encontrou nenhum desconhecido ali.

– Ora! Ora! Ora! Quem mais eu poderia esperar encontrar nesta reuniãozinha! – disse Crauck’s com desprezo.

Diante de si, Crauck’s tinha aquela simpática bola de gordura que fora o seu único e displicente contato com a confederação durante meses, o ilustre general Abger Cronás; o mais conhecido opositor a paz entre a confederação e o império dentre todos os Pleyadeanos, o delegado do imperador Arquiduque Kaitzir.

Estes dois de forma virtual e finalmente o terceiro e mais repugnante, o único que realmente estava ali, seu leal soldado John Filmor.

A porta fechou com seu som costumeiro, quase imperceptí­vel. O comandante ao ouvir aquele som sentiu um arrepio. Não tinha tomado nenhuma providência. Na ânsia de flagrar o traidor, tinha-se colocado em suas mãos.

– Ho! Vejam se não é o honorável Capitão Astorm Crauck’s.- disse o gordo homem do outro lado.

– Sabia que cedo ou tarde os pegaria! Tenho um destacamento a caminho. – blefou.

– Nos pegaria? – disse o Arquiduque com ar sardônico. – Não! Acho que não capitão. Nós é que o pegamos. Agóra já é tarde demais.

– Tarde? Tarde para que?

– Para salvar o tratado! Hoje a paz entre nossos povos terá um fim!

– Então é isso! – dizia Crauck’s tentando aproximar-se da porta e escapar da enrascada em que ele mesmo tinha se colocado.

– Isso mesmo. – começou a falar Cronás. – Cada um de nós, nesta sala, tem interesses relacionados com o reinicio das hostilidades. Eu tenho armas que em tempos de paz não tem valor, no entanto se a guerra recomeçar… Já nosso amigo comum, o Arquiduque Kaitzir, é como eu, um general e como sabemos um general em sua posição, vale em tempos de batalha, muitas vezes, mais que um imperador e… – nesse ponto foi interrompido por Filmor.

– Não creio que devamos perder tempo com explicações.

– Perder tempo? – indagou o general confederado. – Nós não precisamos mais nos preocupar com tempo!

– E você? – perguntou Crauck’s com os olhos fixos em Filmor.

– Eu? – Um gosto amargo tomou sua boca e com um falso sorriso nos lábios, tentando não deixar transparecer a vergonha disse: – Dinheiro!

Nesse momento, Astorm tentando aproveitar-se do fato de Filmor ter desviado o olhar, pressionou o botão de abertura da porta e deu-lhe um empurrão.

Filmor bateu violentamente contra a parede mas não teve problemas em disparar o Neuro-Bloqueador, um pequeno dispositivo Pleyadeano que provoca uma desorganização nas informações gravadas no cérebro de tal grau que dificilmente um homem depois de sentir seus efeitos continua a ser realmente um homem. As seqüelas deixadas, na maioria das vezes, colocam a vitima em estado total de loucura ou vegetatividade. Era uma arma ainda desconhecida pela confederação e os efeitos pareceriam naturais, principalmente em um homem de idade relativamente avançada como Crauck’s.

O velho comandante não teve tempo de sentir praticamente nada antes de perder os sentidos. Apenas uma sensação gélida como se estivesse mergulhando lentamente num liquido denso e frio e sua consciência perdendo-se na névoa. Seu corpo atingiu pesadamente o chão e Filmor parecia uma escultura de roxa sólida com os olhos frios a fitalo.

* * *

Crauck’s fora vitimado por um colapso nervoso seguido de derrame cerebral com conseqüências irreversí­veis. Esta foi a versão oficial da história que foi dada a conhecer à tripulação.
O comandante estava agora em uma unidade de sustentação de vida há trinta e duas horas e seu estado era imutável.

A tristeza era geral entre todos na tripulação, mas um tripulante em especial sentia-se desolado.

– Não! Isso não faz sentido – balbuciou La’Guer.

Estava com a mente em chamas, no entanto não encontrava explicação convincente alguma;
Crauck’s nunca parecera melhor, mais jovem…
Seu rodamoinho de pensamentos desorganizados foi bruscamente interrompido pela lembrança daquele estranho sinal que ele ouvira no momento em que fora demonstrar o receptor de rádio a Astorm. Claro tinha que haver alguma relação, Crauck’s agira estranhamente naquela ocasião e nos dias que se seguiram ao fato evitou o assunto de maneira dissimulada. O que haveria por trás disso? De alguma forma teria que descobrir!

* * *

Nestor estava em seu quarto trancado a horas. Havia pedido a um amigo que cobrisse seu horário de serviço inventando uma história sobre garotas e agora estava tentando localizar o sinal novamente; lembrava vagamente a freqüência em que havia captado o sinal pela primeira vez, mas nada havia ali agora. Se fosse um sinal proveniente de algo natural provavelmente deveria permanecer.

– Vamos! Vamos, pense! – Cochichou para si mesmo.

Saiu andando pêlos corredores sem rumo e sem perceber, pelo menos não contentemente, caminhou até estar diante da porta dos aposentos de Crauck’s. Como era de costume a porta tinha sido lacrada e só ser
ia aberta por um oficial de justiça da confederação. Pelo menos essa era a intenção. O jovem estava dentro do quarto do comandante da nave. Estava agindo quase que instintivamente. Não planejara fazer aquilo, porem sentia-se impelido a avançar!

* * *

Filmor, agora comandante da nave, estava na ponte de comando preparando-se para enfrentar seus inimigos, dissimular uma batalha sangrenta, sair secretamente da nave e entregar seus homens a morte. Tudo isso em troca de um titulo de conde no Império Pleyadeano e muitas riquezas. Evidentemente os registros da nave seriam deixados intatos evidenciando o heroí­smo de todos os pobres soldados mortos no combate e a iniciativa bélica do império.

Do lado do império seria dada a conhecer uma versão diferente; na qual a confederação teria tomado a iniciativa, e a guerra recomeçaria sem culpados.

– Distância? – Perguntou laconicamente.

– Estão a novecentos e cinqüenta mil quilômetros e aproximando-se rapidamente. Logo serão visí­veis na tela.

As coisas não poderiam ter saí­do melhores. Até mesmo a inesperada visita de Crauck’s fora a seu favor. Ninguém desconfiou das circunstâncias da morte, já que todos estavam mesmo comentando que o comandante era velho demais para aquele tipo de coisa, desde que a nave imperial fora avistada e ele nada fizera. E agora com ele no comando direto da nave não havia mais o menor perigo de algo sair errado.
Não era o plano matar o comandante. Pelo menos não antes de tudo terminado, mas ele os obrigou a apressar as coisas, e Filmor sentia-se aliviado de não o ter mais por perto. Afinal de contas era uma pedra bastante incomoda em seu sapato, aquele velho. A presença dele naquela nave impunha um risco muito grande, mas Cronás tinha suas limitações e não conseguiu colocar Filmor como comandante de uma missão como aquela.

Existiam diversos homens na tripulação que acreditavam cegamente na liderança do velho comandante mas naquelas circunstâncias com seus espí­ritos abalados não perceberam nada.

Filmor estava lá a imaginar-se em algum planeta com um clima quente, em uma praia, cercado de lindas mulheres, com muito dinheiro e possuidor de um titulo de nobreza. Aqueles pensamentos o deixavam com um ar tranqüilo e confiante e isso também era ponto a seu favor, pois despertava a confiança da tripulação.

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MigX

Engenheiro, funcionário público, metido a escritor e ilustrador... Publicou na Quark, Scarium e e-nigma. Membro fundador da Oficina de Escritores, vem tentando sua própria jornada do herói na vida, e a viagem do escritor, nos blogs e na OE.

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