Diários de motocicleta
Um maravilhoso filme de Walter Salles, contando a a aventura destes dois argentinos em 1952, na travessia do continente sul-americano com uma motocicleta Norton 500, chamada de La Poderosa, de Buenos Aires í Caracas.
Baseado nos livros de Ernesto “Che” Guevara de La Serna (Notas de viaje) e Alberto Granado (Con el Che por America), nos conta uma história emocionante e sobre tudo, instigante.
Cheguei a ficar meio deprimido, após ver o filme pela primeira vez. Em parte por que sou argentino e muitas das paisagens me trouxeram lembranças, mas mais que nada, pelo conteúdo.
O filme mostra como um garoto que sai para uma aventura juvenil, se transforma no revolucionário Che Guevara, homem que tentou mudar a história e dedicou a vida a um ideal.
Mas por que ficar deprimido?
O filme nos mostra as injustiças que se espalhavam pela américa dos anos 50 e que nós, viventes do século XXI, ainda vemos nos jornais e que, apesar da indignação, não fazemos nada para mudar.
Fazer o quê? Nos perguntamos.
Não posso fazer nada, responde aquela voz covarde, vinda dos nossos corações.
Sempre podemos fazer. Não temos é a coragem e o desprendimento necessários aos atos heróicos que poderíamos/teríamos que empreender.
Não somos heróis!
Por isso, seguimos em frente, levando nas costas, os vagarosos dias da nossa vida medíocre.
Mas olhado para o lado, vejo meus filhos, milha mulher, minha mãe e me alegro.
Vamos caminhando e fazendo o nosso melhor.
Tentando nos esquivar da covardia que espreita nas sombras do nosso dia-a-dia.
Belas palavras que traduzem o mesmo sentimento que este filme despertou em mim.
esse filme é muito podre, é ruim pra
caramba,
ooooorrrriiiiiiivvveelllllllllll!!!!!
Pena que você pensa assim. Eu achei muito legal. Você não gostou nem daquela parte engraçada em que o Alberto Fuentes derramou óleo quente sobre o Ricardo Granado?